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cântico das águas

peça sonora e visual, 00:02:58, 2021

Cântico das águas é uma peça sonora e visual, um filme experimental curto, 00:02:58 , que traz a imagem de uma cachoeira mixada com um cântico de minha composição.

 

Com essa peça, quero ativar o sentido de que a natureza selvagem com suas águas são canais de conexões com a força criativa.

 

Enquanto indígena, essa peça é uma ode ao espírito das águas, que nos dão vida, e a vida dos povos indígenas, que está intimamente ligada à vida da natureza selvagem numa relação intrínseca.

 

E aqui se faz necessário apontar que esse aspecto não é a mesma ideia da objetificação que a visão colonizadora fez do “índio” ao colocá-lo como mais um elemento da paisagem natural, sem agência própria. Dizer que a relação indígena é intrínseca à natureza, é dizer que o indígena é um agente em seu meio ambiente, que não se coloca acima da natureza selvagem, como um superior, e tem formas de pensar e conceituar a natureza e a si mesmo para além dos conceitos de natureza e corpo da visão europeia, sendo a natureza também sujeito em vez de objeto;

Então um rio, uma gruta, uma floresta são entes, fazem parte da sociedade. Um rio pode ser como uma mãe, uma avó; uma montanha pode ser como um avô; uma árvore pode ser como uma irmã; e todos juntos guardam os segredos e mistérios da vida em ecossistemas que respiram juntos; e esses ecossistemas não estão à venda, nem são recursos a serem explorados pelos interesses desenvolvimentistas do estado brasileiro.

 

Cântico das águas faz parte de uma série de composições as quais venho gravando ao longo dos últimos 10 anos. São cânticos que emergem a partir do que chamo de Corpórea-Sônica - Paisagem Corporal Sonora  - que são os sons que um corpo mediante sua territorialidade e ancestralidade se torna passível de modular e reverberar numa relação com outros corpos: humanos, animais, plantas, terra, território. E que emergem também da minha relação com a cosmologia da Jurema, na qual sou iniciada.

Essas composições são dispositivos, ativações do conceito que chamei de Linhas de transbordamento.

 

exibições da peça:

parte do Festival Arica Nativa, de filmes indígenas, na mostra não competitiva de filmes experimentais. Chile, 2022.

parte da segunda edição do FIXE Festival, realizado por Inker Agência Cultural, com curadoria de Fabiana Batistela, direção artística de Gabrieu Algusto, com patrocínio da Petrobrás, e apoio de PETRA Belas Artes, Cardume, Mídia Ninja, CineNinja.  Brasil, 2022.

https://www.instagram.com/p/Chnuu2iLlnq/

fez parte do  Feminist Border Arts Film Festival na Universidade Estadual do Novo México/EUA. 2022.

"The festival emphasizes artistic vision in telling these stories through short film, including live-action narrative, documentary, essay film, video art, experimental film, and animation. The festival showcases student, indie, and studio filmmakers/new media digital artists, domestic and international.

Located in New Mexico—a state that includes nineteen sovereign Pueblo nations and is situated less than 50 miles from the U.S./Mexico border—the festival defines “feminist border arts” as a practice that challenges the limits of conventional representation through telling stories from the edge; threshold visions from the margins that create new ways of seeing, that visualize underrepresented ways of knowing. Selected films revive the promise of cinema, the possibility of film & video to open minds, create new vistas, and challenge dehumanizing forms of representation. As bell hooks once wrote: "Feminist politics aims to end domination, to free us to be who we are – to live lives where we love justice, where we can live in peace. Feminism is for everybody." We believe this can also be true of aesthetic and cultural texts/forms like film and video, especially short film and video. "

https://www.youtube.com/watch?v=K9rqUYQBfxc&feature=emb_title

https://fba.nmsu.edu/film-festival.html

fez parte da primeira edição do  Wide Open Experimental Film Festival - WOEFF, criado pelo departamento de cinema da Universidade de Oklahoma City/EUA. 2022.

https://wideopeneff.wixsite.com/my-site

 

faz parte do pavilhão Metatopia, na The wrong biennale nº5, de 01/11/2021 a 01/05/2022.

https://pt.aisthesislab.art/tassiamila

faz parte da segunda temporada da plataforma video sound archive. curadoria de Debbie Y. L. Lin e Bridget Moreen Leslie. Los Angeles/US. 2021.

 

 

VideoSoundArchiveS2.001.jpeg
tropical melancolia 2.png

 

 

fez parte da exposição coletiva Tropical Melancolia. Curadoria de Carolina Daffara e Rodnei Corsini. Galeria Distrito1. Patagônia/Argentina. 2021.

https://www.instagram.com/distrito1arte/

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